Alguém,
alguma vez na vida já parou pra pensar em quanto tempo passa sem ouvir rádio ou
ver TV?!?!?! É estranho, mas eu me pego
pensando nisso algumas vezes. Não que eu fique sem ouvir rádio, mas sou meio
"seletivo" (CHATO) com a coisa de músicas. Gosto de vários estilos,
mas só das coisas ótimas naqueles estilos. É como se a música que eu considero
ruim me tirasse o foco. A música me incomoda, mas não no ouvido... Ela incomoda
os meus pensamentos. Assim como a música boa favorece esses pensamentos. É como
se ela ditasse o ritmo do meu cérebro.
Existem
algumas linhas de pesquisa que versam sobre os efeitos das ondas sonoras no
padrão do pensamento. Isso acontece, pelo menos comigo. Esse tipo de estudo
aponta que as músicas de aulas de ginástica dão mais "gás" pra quem
treina, assim como apontam que as músicas mais tranquilas diminuem o ritmo
metabólico e auxiliam no relaxamento. Outras ainda falam que música mais
harmônica, sem dissonâncias, ajuda a preservar o padrão ALFA do cérebro... Tem MUITA GENTE falando MUITA COISA. Ainda
bem que esse não é o foco. Se fosse, eu não ia parar de escrever hoje.
O foco
aqui está em coisas mais "banais", mais práticas. A ideia é entender
por que as pessoas escutam músicas que todas as pessoas que entendem de música
consideram músicas "ruins". São músicas com letras nada construtivas
e com músicas simplórias (Não confundir com SIMPLES). Algumas músicas que tenho
ouvido são até "desconstrutivas". Vejo coisas como o Funk Carioca,
que de Funk só tem o nome(James Brown dá voltas no caixão após cada MC lançado
na mídia). São músicas com letras que incentivam a vulgarização das mulheres e
a "bandidagem" entre os rapazes. Quando a pessoa vem de uma boa
estrutura familiar, isso não afetará a linha de pensamento e nem o
comportamento dela, mas sabemos que nem todos tem isso hoje em dia. Temos cantores
com problemas de dicção, ou extremamente desafinados, que fazem sucesso
nacionalmente. Pessoas podem falar o que quiser, mas a Joelma, da banda
Calypso, não consegue afinar um verso inteiro de uma música. Posso falar isso
com propriedade porque eu sei do trabalho que é manter a afinação de uma voz
ruim (A MINHA). É estranho... Vejo gente muito melhor que esse tipo de criatura
cantando e fazendo música BOA MESMO. Essa gente não consegue projeção e fica
tocando em barzinhos ou em Igrejas. É estranho ver essa gente
"largada" pela mídia e pelos empresários. Depois de ver essas coisas
eu ainda fico pensando no que esse povo fala, em entrevistas, que passou muito
trabalho pra chegar ao sucesso. Trabalho como?!?!?!?! Fico imaginando o Restart tocando em bares
todas as noites. Pensa na cena: Justin Bieber fazendo show AO VIVO, sem
aparelhagem top de linha pra corrigir a pouca voz dele. Não sei como esse povo
me fala em trabalho. Pagar o Empresário que faz o Lobby e coloca o cara a tocar
10x por dia nas rádios é trabalhar?!?!?! Para com isso, né...
Esse
povo sem talento só faz sucesso porque o gosto das pessoas é facilmente
manipulável pelos "ditadores da moda" no mundo. É como se a galera
fizesse o possível e o impossível pra permanecer "na boiada", sem
fazer as coisas por conta própria e sem levar fé no próprio pensamento crítico.
Caso perguntemos por que as pessoas gostam de determinadas coisas, elas não
saberão nem por onde começar a explicar. Se conseguirem começar, podemos
refutar os argumentos até chegar no ponto em que elas dirão que gostam só
porque os amigos também gostam e elas tem que "aturar" aquilo para
não serem excluídas do grupo. Essa coisa de "seguir a boiada" tem
mesmo todo esse valor?!?!?
Desculpem
os amigos que fazem isso, mas o mundo está "de pernas para o
ar"porque perdemos o senso crítico e a fundamentação do nosso pensamento.
Não sabemos mais pensar por nós mesmos e nem sabemos criticar ou receber
críticas. Aprendemos a ser "politicamente corretos", mas não
aprendemos a dizer não. Parece que todas as criticas tem um tom pessoal e soam
como discriminação. Dá até saudade do tempo em que podíamos olhar na cara das
pessoas e dizer "Eu acho isso uma porcaria!"... Era tudo mais simples e as pessoas eram mais
leves.
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