quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

"Eu quero uma pra viver!"


                Alguém, alguma vez na vida já parou pra pensar em quanto tempo passa sem ouvir rádio ou ver TV?!?!?!  É estranho, mas eu me pego pensando nisso algumas vezes. Não que eu fique sem ouvir rádio, mas sou meio "seletivo" (CHATO) com a coisa de músicas. Gosto de vários estilos, mas só das coisas ótimas naqueles estilos. É como se a música que eu considero ruim me tirasse o foco. A música me incomoda, mas não no ouvido... Ela incomoda os meus pensamentos. Assim como a música boa favorece esses pensamentos. É como se ela ditasse o ritmo do meu cérebro.
                Existem algumas linhas de pesquisa que versam sobre os efeitos das ondas sonoras no padrão do pensamento. Isso acontece, pelo menos comigo. Esse tipo de estudo aponta que as músicas de aulas de ginástica dão mais "gás" pra quem treina, assim como apontam que as músicas mais tranquilas diminuem o ritmo metabólico e auxiliam no relaxamento. Outras ainda falam que música mais harmônica, sem dissonâncias, ajuda a preservar o padrão ALFA do cérebro...    Tem MUITA GENTE falando MUITA COISA. Ainda bem que esse não é o foco. Se fosse, eu não ia parar de escrever hoje.
                O foco aqui está em coisas mais "banais", mais práticas. A ideia é entender por que as pessoas escutam músicas que todas as pessoas que entendem de música consideram músicas "ruins". São músicas com letras nada construtivas e com músicas simplórias (Não confundir com SIMPLES). Algumas músicas que tenho ouvido são até "desconstrutivas". Vejo coisas como o Funk Carioca, que de Funk só tem o nome(James Brown dá voltas no caixão após cada MC lançado na mídia). São músicas com letras que incentivam a vulgarização das mulheres e a "bandidagem" entre os rapazes. Quando a pessoa vem de uma boa estrutura familiar, isso não afetará a linha de pensamento e nem o comportamento dela, mas sabemos que nem todos tem isso hoje em dia. Temos cantores com problemas de dicção, ou extremamente desafinados, que fazem sucesso nacionalmente. Pessoas podem falar o que quiser, mas a Joelma, da banda Calypso, não consegue afinar um verso inteiro de uma música. Posso falar isso com propriedade porque eu sei do trabalho que é manter a afinação de uma voz ruim (A MINHA). É estranho... Vejo gente muito melhor que esse tipo de criatura cantando e fazendo música BOA MESMO. Essa gente não consegue projeção e fica tocando em barzinhos ou em Igrejas. É estranho ver essa gente "largada" pela mídia e pelos empresários. Depois de ver essas coisas eu ainda fico pensando no que esse povo fala, em entrevistas, que passou muito trabalho pra chegar ao sucesso. Trabalho como?!?!?!?!  Fico imaginando o Restart tocando em bares todas as noites. Pensa na cena: Justin Bieber fazendo show AO VIVO, sem aparelhagem top de linha pra corrigir a pouca voz dele. Não sei como esse povo me fala em trabalho. Pagar o Empresário que faz o Lobby e coloca o cara a tocar 10x por dia nas rádios é trabalhar?!?!?! Para com isso, né...
                Esse povo sem talento só faz sucesso porque o gosto das pessoas é facilmente manipulável pelos "ditadores da moda" no mundo. É como se a galera fizesse o possível e o impossível pra permanecer "na boiada", sem fazer as coisas por conta própria e sem levar fé no próprio pensamento crítico. Caso perguntemos por que as pessoas gostam de determinadas coisas, elas não saberão nem por onde começar a explicar. Se conseguirem começar, podemos refutar os argumentos até chegar no ponto em que elas dirão que gostam só porque os amigos também gostam e elas tem que "aturar" aquilo para não serem excluídas do grupo. Essa coisa de "seguir a boiada" tem mesmo todo esse valor?!?!?
                Desculpem os amigos que fazem isso, mas o mundo está "de pernas para o ar"porque perdemos o senso crítico e a fundamentação do nosso pensamento. Não sabemos mais pensar por nós mesmos e nem sabemos criticar ou receber críticas. Aprendemos a ser "politicamente corretos", mas não aprendemos a dizer não. Parece que todas as criticas tem um tom pessoal e soam como discriminação. Dá até saudade do tempo em que podíamos olhar na cara das pessoas e dizer "Eu acho isso uma porcaria!"...   Era tudo mais simples e as pessoas eram mais leves.


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