sábado, 1 de outubro de 2011

BAH

(quinta, 1 de setembro de 2011 às 17:57)

É, BAH... Uma expressão bem gaudéria, extremamente característica do Estado de onde eu vim. É a única coisa que pode representar a doideira que se passa na minha cabeça. Passei o dia inteiro de hoje filosofando e falando sobre filosofia. Nada embasado. Nada consistente, que possa mudar a vida de alguém. Só devaneios de uma mente em mudanças, mas que ainda gosta de avaliar o mundo que tem à sua volta.

Tive que explicar para uma pessoa o que é “Filosofia POP”, uma coisa que eu acho que nunca vou entender com clareza, mas já posso dizer que faz parte da minha vida. É algo bem engraçado quando descobrimos que uma coisa, que fazemos naturalmente, tem um nome tão bonito. Nada mais é do que pensar o mundo que está à nossa volta. É engraçado... No sentido legal da coisa. É como se sentíssemos que o que fazemos não é uma coisa de louco; bem pelo contrário, é uma coisa mais normal do que parece.

Depois desse primeiro pensamento maluco, teve mais coisa no meu dia doido. Uma das importantes e que me fez pensar foi quando eu disse um jargão popular, ao dizer que não faço “cruzadinha (Saudade dos veraneios em Magistério – RS) à lápis: “Sou um cara decidido. Faço as coisas à caneta!” (É, Parceria... Gaúcho é tudo grosso assim mesmo).

Já pararam pra pensar que TODA a nossa vida é escrita à caneta?!?!?! Nada do que fazemos, pensamos, sentimos, ou dizemos, pode ser completamente apagado. No máximo, passamos um corretivo (Liquid Paper, pro povo do meu tempo), ou fazemos uma “rasura” (Esse texto ta cheio delas, foi escrito à mão), para que possamos escrever outra coisa. Aquele espaço, aquele momento que já passou, não pode mais ser usado pra escrever aquela mesma palavra usando outras letras, ou uma palavra diferente, que poderia dar um melhor sentido à história (Ou seria “Estória). Nunca devemos achar que os nossos atos, ou nossas palavras, são coisas de pouca importância. Eles são únicos, escritos à caneta, seja com a letra e as palavras bonitas de um escritor, seja com a letra feia e as palavras rudes de um surfista/músico/marombeiro. Tudo o que dizemos, ou fazemos, é como se fosse o manuscrito da nossa vida. Escrito em vários tipos de papéis, com diferentes cores de canetas. Com letras caprichadas nas situações que achamos necessário, com um “rascunho” rápido em situações que achamos corriqueiras.

O que nunca podemos perder de nossas vistas é que todas as coisas que fazemos, dizemos e / ou pensamos são frases escritas à caneta, sem chance de serem apagadas por completo. Sempre sobrará alguma marca, algum resquício, de que já houve uma tentativa de contar aquela passagem, seja com outras palavras, seja com a mesma palavra, apenas escrita de forma diferente. Afinal, tudo é diferente, NADA é igual, por mais que pareça!

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