sábado, 1 de outubro de 2011

Sobre música e sentimento

(terça, 23 de agosto de 2011 às 22:48)

Durante os devaneios de um dia chuvoso em Floripa passou uma idéia pela minha cabeça.

“De onde vêm os gostos musicais das pessoas???”

Parece até uma pergunta meio idiota. As pessoas podem falar que é influencia social vinda de pais, amigos, escola, televisão... Eu acho que não é tão simples assim. Acredito que tem algo dentro da gente que nos faz gostar mais de Ira do que de Nenhum de Nós. Algo que nos diz que Berenice Azambuja é melhor ou pior que a Alcione. Algo que nos faz sentir melhor uma música do que outra.

Esse sentimento pode ser um bem estar, pode ser uma associação a alguma situação que vivemos quando éramos mais jovens e nos voltou quando ouvimos a música. Bom... Falar do que as outras pessoas sentem é complicado demais. Vou falar do que eu sinto, do que me faz gostar de algo.

É complicado dizer isso, mas gosto das coisas simples, diretas. Com música é assim também. Ela tem que dizer à que veio, sem esconder o jogo ou tentar coisas que eu não entenda. Uma música pode ser muito elaborada e esconder uma baita mensagem, que se perde nessa “elaboração” dela. Prefiro as coisas diretas, preto no branco. Há quem diga que isso é uma visão simplória, que nunca leva a ver as coisas mais sutis da vida. Eu já acho que a sutileza pode ser vista de uma forma direta, sem que a nossa atenção se perca em devaneios longínquos de detalhes rebuscados. Prefiro coisas com mais conteúdo e menos aparência. Gosto mais de um Samba de Raiz, com letra repetitiva e 4 notas simples do que de uma Bossa Nova, com uma letra poética e um monte de acordes dissonantes. Primo pela simplicidade de um Pop-Rock. Não sou o cara que sabe apreciar um Jazz cheio de improvisos instrumentais. Dizem que sou simplório, chegando a beirar o medíocre. Que seja! Sou simples assim. Ouvido fácil de agradar.



Quando vejo as pessoas na rua, penso em que tipo de músicas elas escutam. É divertido pensar se a “Patricinha” já ouviu Black Sabbath, se o “Skatista” conhece Chico Buarque, se o cara de paletó tomando um café já ouviu Almir Guineto. As pessoas fazem escolhas partindo de um estereótipo, ou montam um estereótipo partindo das suas escolhas?!?!?! É um pensamento que toma meus devaneios mais confusos. Nessa hora, vejo que tenho que voltar às coisas simples. Hora de colocar meu fone no ouvido e ligar o “shuffle” do meu celular pra ver o que ele me dá pra ouvir.



(Já tentou fazer isso?!?!?!)

Nenhum comentário: