sábado, 1 de outubro de 2011

Tempo bom... Não volta mais... Saudade... Quanto tempo que faz! (Ou algo assim) II

(terça, 6 de setembro de 2011 às 08:54)


Neste domingo, escrevi a nota "Tempo bom... Não volta mais... Saudade... Quanto tempo que faz! (Ou algo assim)", sem pensar em uma continuação, ou qualquer coisa assim. No meio do dia, enquanto fazia o churras (Gaudério + Domingo = Churras), em um papo completamente “Non Sense” com a minha mão, professora de filosofia e filha de pessoas incríveis, surgiu a inspiração pra escrever esse texto. Vamos ao “Causo” que originou tudo isso.


Papo vai, papo vem, surgiu o assunto que a minha mãe está ficando muito parecida com a mãe dela, minha avó, que sempre foi um exemplo de filosofias populares (É parceria, minha Vó fazia Filosofia POP). Fato. Minha mãe está ficando com traços físicos muito parecidos com os da minha avó. Depois dessa constatação, ela me disse que EU estou ficando muito parecido com o pai dela, que eu não conheci, mas de quem herdei meu nome (Ainda bem que foi só o primeiro, eu acho que Maurício Ernesto não seria um nome duplo muito popular). Só que as nossas semelhanças não são físicas. Fisicamente, sou quase a cópia do meu pai, temos o mesmo tipo de estrutura corporal. Minha mãe falava que meu comportamento mais tranqüilo, meus hábitos de me fechar em algum lugar pra tocar violão, meu gosto por poucas pessoas por perto e o gosto por discussões filosóficas eram hábitos que meu avô também tinha. Isso é muito engraçado de se pensar porque eu não cheguei nem perto de conhecer meu avô. Ele faleceu uns 20 anos antes de eu nascer, só conheci algumas histórias dele e conheci o instrumento musical que ele tocava. Já tive a honra de ter em mãos o clarinete que ele tocou até o fim da vida. Um dia ainda vou reformar e aprender a tocar aquele clarinete.


Essa coisa toda que aconteceu só serve pra mostrar como o legado que deixamos no mundo é importante. Meu avô ajudou a me criar, mesmo depois de falecido. Suas filosofias de vida, seu modo de ser e sua genética me levaram a muitas coisas similares às que ele fazia. O gosto pela música, pelas boas conversas e por pessoas sinceras na minha volta. É como se, naquele momento, eu pudesse sentir a presença dele cuidando de mim, para que eu possa levar o legado dele adiante e fazer o meu próprio legado. Minha mãe é a única filha dele com minha avó. Eu sou o único filho da minha mãe. Essa é a transmissão mais direta de uma história e da filosofia de uma família. Essa passagem de conceitos é que nos desperta o respeito e a vontade de honrar as pessoas que nos criaram e colocaram suas esperanças de um mundo melhor em nossas mãos.


(Esse texto foi mais um desabafo orgulhoso do que uma passagem filosófica)

Nenhum comentário: