sábado, 1 de outubro de 2011

Manchas de uma vida (Ou vida em uma mancha???)

( segunda, 29 de agosto de 2011 às 21:15)



“Pode uma mancha nos levar aos pensamentos mais profundos de uma semana inteira?!?!?!?!?”

Passei o final da tarde me perguntando isso. Depois de ver uma mancha em uma das minhas camisetas velhas que estava no varal, vários pensamentos tomaram a minha cabeça. “Que droga, preciso trocar de desodorante.”, “Que porcaria, manchou uma camiseta que eu gosto de usar.”, “Ah, essa camiseta já era pra andar em casa.”... O mais desconcertante deles foi: “Só podia estar manchada, essa camiseta tem... Quanto tempo mesmo?!?!?!?” Tive que chamar minha mãe, minha eterna companheira de filosofias malucas, e começar um bom papo sobre essas coisas.

A camiseta em questão tem muitos anos de USO (É galera, USO mesmo!!). Foi uma das minhas primeiras compras pra dar uma das aulas de ginástica que eu comecei a ministrar em 2003. Coisa louca isso... Uma camisa que me acompanhou em MUITOS momentos em que eu fazia uma coisa que já me disseram que eu fazia com paixão. Depois desse pensamento, comecei a analisar minhas coisas e ver que minhas recordações, vinculadas às minhas roupas, me remetiam a coisas mais antigas ainda. A camiseta que eu estou vestindo agora, e estava hoje à tarde, é do meu primeiro congresso dos tempos de faculdade, onde fui com a minha primeira namorada séria e fiz meu primeiro curso de fisiologia. Caramba... Isso foi em 1998. Dessas coisas todas, só quem não me acompanha mais é a namorada (Não acharam que eu perderia a piada, né???). Indo ainda mais longe, ainda tenho o meu primeiro uniforme do time de vôlei da minha escola de Segundo Grau. Minha camisa 1 ainda está em uso, mas dei pro meu pai. O Véio, maneira carinhosa de chamar meu pai, ainda usa ela com um certo orgulho que vejo estampado nos olhares deles quando fazemos piadas sobre ele andar com meu nome estampado nas costas dele. É, amigos... Tem recordação pra caramba só nas nossas roupas!!

O melhor de tudo é parar pra pensar em quantos momentos tivemos em nossas vidas, sejam eles bons ou ruins, que podem ser lembrados pelo que vestíamos. Uma coisa que fazemos sem pensar (Nessa hora eu falo só dos homens. Ok, gurias?!?!?!). Pequenas coisas materiais, que disparam memórias e sensações que nós tivemos quando estávamos perto delas e sabemos que é uma coisa única, que nós nunca conseguiríamos explicar em toda a sua plenitude. Como o ponto que fizemos em um campeonato em que eu vestia a camiseta da equipe da escola, um sorriso de um aluno depois da aula de ginástica que dei com aquela camiseta que hoje está manchada... Meu Deus, tem muita coisa pra lembrar nessa vida.

Nossas memórias podem, e devem, ser guardadas como lições e registro do que nos fomos e fizemos nesse mundo. Assim como nossos raciocínios devem ser “devaneados”, da maneira que for. Seja em um pequeno texto, uma anotação na agenda, um papo por telefone com os melhores amigos, um papo no bar, regado à petiscos. QUALQUER forma é válida para que nossas idéias e nosso aprendizado seja “espraiado”, como dizemos nós, gaudérios. O que importa é que não deixemos que essas sensações boas que tivemos morram conosco, que se acabem quando essa nossa vida terrena acabar. Temos, como que por obrigação, levar nossos pensamentos e sensações ao nível mais alto de todos. Experimentar, fazer com que as marcas que temos, impressas por nossas experiências, valham alguma coisa. Caso seja possível, fazer com que nossas marcas falem mais de nossa vida do que os “Símbolos” que usamos. Não entendeu a coisa dos símbolos?!?!? Dá uma lida nesse texto, que é BEM interessante (http://abiloladomundonovo.blogspot.com/2011/08/as-saturnicas-v.html ). Essa coisa dos símbolos fica pra “mais além”.

O que vale é pensar: “Será que nossas memórias e nossos aprendizados estão bem guardados??” #FikDik hehehehehe

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