sábado, 1 de outubro de 2011

De repente, 30!!!!

(segunda, 12 de setembro de 2011 às 00:22)

Todas as pessoas falam dos 30 anos. Falam que é um "marco" na vida de qualquer pessoa.É uma coisa interessante parar a vida pra pensar nisso. 30 anos de vida... O que fizemos de interessante?!?!?!

Em 30 anos de vida, pessoas ficam milionárias, pessoas perdem fortunas, pessoas vivem amores, escrevem livros, fazem músicas. Em 30 anos, podemos ficar marcados e marcar o mundo. Podemos parar e pensar nas mudanças que a nossa própria vida passou. Em 30 anos, nossos cabelos cresceram, diminuíram, foram coloridos, descoloridos, foram vastos, ficaram ralos. Quantas variações (E olha que eu só falei de cabelos).

Não sei quem vai ler isso, mas eu quero dividir um pouco das minhas reflexões sobre a minha vida. Claro que, como todas as visões de qualquer pessoa sobre qualquer coisa, é uma visão única. Só minha.Com 30 anos, já sou um cara que viveu algumas coisas interessantes. Nem tão boas, nem tão ruins... Interessantes. Já tive cabelos compridos, cabelos curtos, cabelos curtíssimos, queimados do Sol... Agora, tenho saudade deles! hehehe Já uso o exemplo de um cara que é meu ídolo (Um deles), Kelly Slater. Raspa a cabeça e assume o fato de ser careca.

Além dos cabelos, muita coisa aconteceu na minha vida. Dediquei 20 anos dela à filosofia do treinamento. Sempre pensei que uma pessoa que se esforçasse para se aprimorar, conseguiria os resultados que queria, por mais improváveis que eles fossem. Aos 10 anos comecei a treinar Voleibol. Eu acho que era bom até... Pena que vários dos meus treinadores tinham como conceito que um cara de 1,75m de altura não é nem um "arremedo" de jogador de volei. Com 31 anos, 10 anos depois de abandonar os treinamentos de voleibol, aceito o fato de que todos eles, desde um cara chamado Pantera, no GNU, estavam certos. Não servia pra coisa. Volei, pra mim, deveria ser só uma brincadeira. Uma pena... Depois de 10 anos treinando esse negócio, não sei mais brincar. Várias coisas na minha vida são assim. Dança é uma delas. Eu gostava do que sentia quando estava no palco. Hoje, 6 anos depois do último espetáculo, tenho medo de palcos. COisa engraçada, né?!?!?!

Fato: Nossa vida pode (e deve) ser repensada aos 30 anos. Já temos história suficiente pra ser colocada em uma balança. Falo por mim mesmo. Abandonei minha filosofia de vida, meus sentimentos e muita coisa que eu já tinha produzido na minha vida. Tive (e ainda tenho, talvez) depressão, me isolei do mundo e estou repensando meus conceitos. Largar a profissão, largar a vida social, largar o gosto pelas coisas. Tudo isso faz qualquer um ver o mundo de uma forma "acinzentada". Ainda mais quando largamos a profissão por acharmos que ela é indigna de todo o esforço que fizemos por ela. Me sinto mais digno hoje sendo sustentado por outras pessoas do que trabalhando em uma profissão pela qual eu estudei uma vida inteira, uma profissão que era meu sonho desde os 10 anos de idade, pra ganhar um salário que não me sustentava. Nesse ponto, tenho que agradecer à Deus por me dar a opção de mudança. A outra opção seria deixar minha vida cair até o ponto de me tornar sem-teto, ou algo assim.

Não sei pra que raio de mundo eu estou indo nos próximos 30 anos. Não sei que marca deixarei no mundo nos próximos 30 anos. Dizem que temos que plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro antes do final da vida. Tenho que escrever mais e fazer um filho. Árvores eu já plantei VÁRIAS! Segundo a filosofia gaudéria, tem 3 coisas que são "sem falta" na vida de um gaudério: A morte, o chifre e o fusca. Pra uns só falta morrer, que é o meu caso. Aos trinta anos, o máximo que pode faltar, além da morte, é o fusca, parceiro!!!!

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